https://www.prestservi.com.br/diaconoalfredo/concilios/inicial_concilio.htm
OS 21 CONCÍLIOS ECUMÊNICOS DA IGREJA
Os Concílios ecumênicos (universais) realizados pela Igreja, em número de 21, foram marcos importantíssimos na sua História, tendo em vista principalmente as definições da doutrina católica ao longo do tempo, vencendo os erros e heresias que comprometiam o "depositum fidei"; a sã doutrina da fé. Esses Concílios, bem como a história dos papas, formam como que a coluna vertebral da História da Igreja e o trabalho do Magistério. Eis porque, de maneira resumida, queremos apresentá-los aqui, a fim de que os fiéis comecem a se familiarizar com esses dados importantes da nossa Igreja.
Quanto mais conhecermos a história sagrada da Igreja, mais a amaremos e a serviremos. Disse certa vez o Papa Paulo VI que "quem não ama a Igreja, não ama Jesus Cristo"; uma vez que a Igreja é o Seu próprio Corpo místico.
Falando a respeito dos Concílios da Igreja, disse o Papa João Paulo II, em 7/7/96:
"Como se sabe, um papel particularmente significativo foi desempenhado pelos primeiros quatro Concílios, celebrados entre os anos 325 e 451 em Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia. Para além dos acontecimentos históricos, em que cada um deles se coloca e apesar de algumas dificuldades terminológicas, eles foram momentos de graça, através dos quais o Espírito de Deus concedeu luz abundante sobre os mistérios fundamentais da fé cristã.
E como se poderia minimizar a sua importância? Neles estava em questão o fundamento, diria o centro mesmo do Cristianismo. Em Nicéia e Constantinopla, determinou-se com clareza a fé da Igreja no mistério da Trindade, com a afirmação da divindade do Verbo e do Espírito Santo. Em Éfeso e Calcedônia discutiu-se a respeito da identidade divino-humana de Cristo. Diante de quem era tentado a exaltar uma dimensão em desvantagem da outra ou de as dividir em prejuízo da unidade pessoal, foi claramente afirmado que a natureza divina e a natureza humana de Cristo permanecem íntegras e inconfundíveis, indivisas e inseparáveis, na unidade da pessoa divina do Verbo. Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem...
Não faltaram certamente, tensões na celebração daquelas assembléias conciliares. Mas o sentido vivo da fé, corroborado pela graça divina, no final prevaleceu também nos momentos mais críticos. Emergiu, então, com toda a evidência a fecundidade daquela autêntica "sinergia" eclesial, que o ministério do Sucessor de Pedro é chamado a assegurar, não certamente a mortificar...
Caríssimos Irmãos e Irmãs, naquele tempo, como sempre, o caminho da Igreja foi acompanhado pela intercessão materna da Virgem Santa, à qual o Concílio de Éfeso em 431, reconheceu o título de "Theotòkos", "Mãe de Deus", ressaltando assim que a natureza humana, por ela transmitida a Cristo, pertence Àquele que desde sempre é Filho de Deus"(L’Osservatore Romano n.28 de 13/7/96).
fontes:
- www.veritatis.com.br
- www.veritatis.com.br/agnusdei
- Léxico dos Papas" (R.F.Wollpert; ed. Vozes)